sexta-feira, 3 de junho de 2011

Infância..

Acordei nostálgica hoje, com saudades de minha infância, adolescência e coisas boas que vivi..

Quando somos crianças (na maioria das pessoas) temos pressa de crescer... eu não queria crescer rápido, nunca tive aquela ânsia de "ai quando eu tiver meus 18 anos", não sei o porque era assim, mas eu era. E justamente por acordar cheia de saudades da infância é que acabei me lembrando de uma cena que aconteceu quando eu tinha 6 anos quando morávamos em Arujá, era uma casa bacana, me lembro até hoje que no nosso quarto, meu e de meus irmãos, havia um cofre na parede.. e ali passávamos horas tentando desvendar o segredo do cofre.. pra gente era alegria pura.. as vezes o cofre continha o tesouro e os ossos de algum pirata famoso, as vezes o cofre virava uma bomba que precisava ser desarmada antes que explodisse o quarto.. e assim íamos vivendo no nosso mundinho imaginário, pois é.. numa dessas vezes em que brincávamos com o cofre, tínhamos inventado uma super história horripilante que envolvia ossos, cadáveres e assombração, tudo dentro do cofre.. e como qualquer criança com uma super criatividade eu acabei mergulhando mesmo na história e sentia aquele terror como se tudo fosse verdade, mal sabia eu do susto que ia acabar tomando.
Meu pai, dono de um senso de humor notável, vendo a gente brincar todo entretido no quarto, resolveu participar da brincadeira também, porém ele quis fazer o papel da assombração e como qualquer boa assombração ele se manteve no silêncio total, de tocaia e adivinhem? A vitima era eu.. ele se enfiou debaixo de minha cama como se fosse uma sombra e ninguém percebeu, enquanto isso mexíamos no bendito cofre.. em um certo momento resolvi sentar em minha cama e eis que surge por debaixo dela duas mãos que me agarraram pelos tornozelos ... pois é ... meu pai me pegou de surpresa gritando..."ahhhhhhhh pegueeeeiiiii"
e eu desesperada achando que a assombração do cofre tinha se materializado embaixo da minha cama gritei num agudo de fazer inveja a qualquer cantora lírica... "AAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH". E o bacana é que tive acompanhamento, pois meus irmãos assustaram com os gritos e acabaram gritando também.. foi uma gritaria geral, neguinho pulando em cima de cama e eu com meus dois olhos arregalados espelhando o mais puro terror... completamente paralisada... branca como papel.
É claro que enquanto meu pai rolava no chão de tanto dar risada, eu comecei a chorar igual uma doida.. e se me lembro bem, na época não achei nada engraçado esse tipo de brincadeira, como é que um pai faz algo assim com sua própria filha? Ah não.. aquilo era injustiça por ele ser gente grande e eu ser gente pequenininha. Claro que hoje em dia penso completamente diferente e as vezes acabo pregando umas peças dessas em meus filhos ou nos meus amigos.. o engraçado é que com o passar do tempo a gente acaba sentindo uma saudades danada dessas coisas... 
Deve ser por isso que sempre mantenho meu lado criança ativo e estou sempre metida em alguma traquinagem... crescer e envelhecer é muito chato.


Aqui eu no colo do meu pai, meu irmão mais velho com esses suspensórios ridículos e meu irmão caçula no carrinho ao lado... meu pai não tinha cara de gente com senso de humor.. mas era um verdadeiro palhaço..

2 comentários:

  1. Saudades dele tbm! fiquei imaginando vc gritando de susto. Hahahaah E tão bom assustar criança quando eu tiver meus filhos eles estarão ferrados tadinhos.

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  2. Nossa, Verdade !!!

    Quando criança era assim tb....

    Sempre incorporando um personagem... kkkk

    BONS TEMPOS AQUELES !!!

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