quarta-feira, 8 de junho de 2011

Eduardo e Mônica

Uma das músicas do Legião Urbana que eu mais gosto é Eduardo e Mônica, acho super interessante e verdadeiro, o modo como é mostrado o amor de ambos, pessoas que visualmente não tem nada a ver um com o outro, porém que se completam; gostos diferentes mas que acabam se agregando e assim vão cultivando esse sentimento tão necessário que é o amor. E no final um vai ensinando o outro e juntos vão crescendo e vivendo uma linda história de amor... 
Vou ser sincera com todos, sempre fui apaixonada por essa  música, que além da letra maravilhosa tem um arranjo gostoso de ouvir.. e sempre imaginei como seria Eduardo e Mônica, pois bem.. a Vivo deve ter algum espião na minha mente, porque, caramba.. eles eram exatamente assim.. não fisicamente falando.. mas as diferenças mostradas, o modo de ser e de agir.. achei que esse video que a Vivo produziu em homenagem ao dia dos namorados, ficou simplesmente perfeito..
E como boa banana-manteiga-derretida-que-sou (ou seria: estou?), acabei chorando litros e litros ao assistir o video e toda vez que assisto choro mais um pouco..  é.. já fui melhor mesmo...


Legião Urbana – Eduardo e Mônica
Composição : Renato Russo

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram.

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar..."

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus,
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema: "escola, cinema clube, televisão".
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (nããão)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!

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