quarta-feira, 10 de agosto de 2011

La Despedida

Já comentei aqui que música mexe comigo de uma maneira anormal, música pra mim é como oração, toca lá no fundo do coração e sempre desperta algo. Vivemos cercados por música e melodias: o som da nossa respiração, as batidas do coração, o vento que balança as folhas de uma árvore, tudo é música.. até mesmo no silêncio mais absoluto há música.. 
Pois bem, essa semana ouvi uma música da Shakira que ainda não conhecia e essa música mexeu comigo de uma tal  maneira que fez aflorar em mim todo o sofrimento, toda a tristeza, toda a dor que meu coração sentiu até hoje, essa música é um lamento de pura tristeza, um lindo lamento. Uma música que fala sobre perder, sobre deixar de existir, o que pode ser mais triste nessa vida do que deixar de existir? Deixar de sentir, de ser?
Ah.. essa música, a emoção da voz, a harmonia dos acordes... fez brotar em mim uma tristeza sem fim, de algo que perdi e que não sei o que é.. algo de outras vidas ou realidades talvez, não sei dizer.. mas doeu lá no fundo, arrancou lágrimas de meus olhos e fez sangrar meu coração. Algo inexplicável porque nem todos se sentirão iguais a mim ao ouvir essa música.. mas comigo foi assim.
Essa música me faz sentir a vontade de ajoelhar e buscar o alto pedindo por amparo, essa música me faz querer olhar pra cima e ver uma mão estendida em minha direção.. 
Essa música diz com todas as letras: não me deixe cair.. estou sem forças, me ajude, não me deixe sozinha.

Não me deixe aqui....

Quem nunca se sentiu sozinho? Sem amor, sem esperança, sem nem mesmo raiva? Ausência total de todo e qualquer sentimento?? Vazio...
Quem nunca se sentiu miseravelmente só..



A Despedida

Não há mais vida, não há
Não há mais vida, não há
Não há mais chuva, não há
Não há mais brisa, não há
Não há mais riso, não há
Não há mais pranto, não há
Não há mais medo, não há
Não há mais canto, não há

Leva-me...
Aonde estiveres, leva-me
Leva-me...
Aonde estiveres, leva-me

Quando alguém se vai, o que fica...
Sofre mais
Quando alguém se vai, o que fica...
Sofre mais

Não há mais céu, não há
Não há mais vento, não há
Não há mais céu, não há
Não há mais gelo, não há
Não há mais fogo, não há
Não há mais vida, não há
Não há mais vida, não há
Não há mais raiva, não há
Não há mais sonho, não há

Leva-me...
Aonde estiveres, leva-me
Leva-me...
Aonde estiveres, leva-me

Quando alguém se vai, o que fica...
Sofre mais
Quando alguém se vai, o que fica...
Sofre mais
Sofre mais
Sofre mais..


2 comentários:

  1. Linda como a sua alma... Eu sempre achei que voce devia ser escritora, porque voce tem vocação para artes...seja ela...escrita, ouvida ou pronunciada...te amo Ju !!!!

    Gabriela Stefany

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  2. Sei exatamente como se sente ao ouvir esta música, algumas músicas que adoro me deixam assim e por mais que possa parecer (ou ser) masoquismo, a verdade é que mesmo assim continuo a ouvi-las. É devo ser mais doida que podia imaginar. Quando questionou...

    "Quem nunca se sentiu sozinho? Sem amor, sem esperança, sem nem mesmo raiva? Ausência total de todo e qualquer sentimento?? Vazio...
    Quem nunca se sentiu miseravelmente só.."

    Você é a prova viva de que eu muitas vezes me senti assim mesmo estando cercada de pessoas, e pior que apesar de adorar música, achar que ela me move, me guia, e inspira, nem sempre me senti assim vazia como comentou só após ouvir uma simples canção, mas sim me senti muitas vezes de tempos em tempos com esta sensação de ter deixado ou perdido algo em vidas passadas, num simples gesto de abrir os olhos pela manhã, e desejar que o mundo parasse naquele instante pra que eu não me sentisse de tal maneira. E pudesse sentir qualquer coisa que fosse, mas que eu sentisse algo e não aquele vazio que parece consumir o coração e principalmente a alma.

    Até hoje não sei o que é isso, ou porque isso acontece. Mas uma coisa que me ajuda a seguir em frente é a certeza que um dia terei todas as respostas pelas quais tanto anseio. E uma delas é o porque me senti desta maneira(e ainda sinto) tantas vezes de tempos em tempos, desde a minha infância.

    Acho que talvez seja esta a resposta, este sentimento ou ausência dele, é uma motivação divina para nunca desistirmos de nada, e seguirmos sempre de cabeça erguida por mais que estejamos nos sentindo sós em determinado momento, pois no fundo sabendo que sempre,e não importa a situação existe quem nos guia e olha por nós a todo instante, mesmo naqueles que deixamos a tristeza ou o vazio tomar conta de nós.

    THIE AVEL HERTÔ!!

    Li.

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